quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Só pra não perder o hábito

Ainda não achei o tom do blog. Depois de uma avalanche de textos, que eu considerei medianos, deu um branco. E agora? Alguns amigos voltaram a acessar. Com o tempo, sem atualizações, acabam esquecendo. Como manter um ritmo regular? As palavras visitam minha mente. Mas se vão rápido. Visita de médico. Fogem do papel, ou sendo mais moderno, da tela do computador. Os temas se apresentam e são sumariamente reprovados. Comportamento? Política? Dúvidas existenciais? Nem eu mais aguento....no blog antigo, rolava uns comentários culturais. Minha vida cultura anda pobre. Tenho lido pouco. Visto nada de relevante no cinema. Ouvido muita música, mas me sinto despreparado para comentá-las. Sinto saudade de textos mais inspirados. Do tipo que me dão um certo orgulho até. Tenho alguns deles na memória. Tá faltando um olhar mais atento para o mundo. Sim, porque eu tenho olhado muito pra dentro. E vamos combinar, ninguém merece ficar lendo sobre as angústias de um quase quarentão. E eu que nunca fui de angústias.
Os gêmeos fizeram aniversário. Felizes com os 7 anos. Perdendo definitivamente os formatos da primeira infância. Lendo. Muito. Thanks god.
O Bernardo está na luta diária para o ingresso no mundo dos letrados. Isso tem me preocupado. É muito difícil lidar com a dificuldade. Com o defeito de fábrica. Com a guerra incessante para recuperar o tempo que não veio pra ele. Aceitar. Lidar. Interagir.
O João desponta para uma pré-adolescência. Mostra hábitos próprios. Opiniões. E sem me surpeender, começa a assumir uma atitude cuidadora com o Bê. Muito bonito isso. Ao mesmo tempo, preocupante. Tendo à poupá-lo dessa responsabilidade. Mas é instintivo. Graças à Deus, novamente.
Caramba! Isso virou diário? Na falta de pauta, vai assim mesmo.
A seca derrete nossos miolos. Brasília parece um grelha. Estalando. Até os pernilongos fogem do tempo árido. E se escondem no meu quarto durante a noite. Nunca imaginei dormir numa cama, de repelente. Foi a única forma de pegar no sono.
Desculpem-me leitores. Eu precisava desenferrujar os dedos. Escrever bobagens que fossem. Tentar trazer de volta, as palavras que teimam em dar uma passadinha e seguir adiante. Prometo textos melhores e mais inspirados.

2 comentários:

Ana Laura disse...

Muito bem, Marquinhos, é assim que a gente abre o caminho para as palavras. Fiz isso há alguns dias no meu blog. Passa lá. Tõ carente de leitores, uma vez que parei de escrever...
beijo

Anônimo disse...

ler todo o blog, muito bom