segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Mickey, here we go!!!






Desde criança, sempre fui fascinado pelo mundo. Adorava folhear atlas, conhecer países através das letras e fotos, decorar capitais, continentes, atrações turísticas. Lembro de uma amiga da minha mãe, solteirona, que viajava o mundo inteiro naquelas excursões "32 países em 28 dias", e na volta fazia sesões de slide (!!!!!) na casa dela para mostrar os lugares por onde passsou. Eu tinha cadeira cativa nessas reuniões. Viajava junto. Mergulhava nas cores pálidas da projeção na parede e, muito antes do Leonardo di Caprio, me sentia o "King of the World".

Não precisa dizer que a Disneylândia (é...na minha época era assim que a gente chamava) era um ícone. Babava na abertura de um programa com esse nome que a Globo exibia nos sábados, às 18hs. Ao som de "Para ser feliz é preciso ser...", mostrava uma panorâmica do parque, com o show de fogos de artifício explodindo por trás do castelo da Cinderela. Vários amigos meus, fizeram a tradicional excursão. Cada volta às aulas, mais e mais notícias do mundo do Mickey Mouse. Meus pais não tinham grana sobrando pra isso. Mas eu tinha certeza que um dia eu ia. E fui. Nas primeiras férias de gente grande....isso já há quase 20 anos. O prazer de realizar o sonho, e by myself as always, foi indescritível. Alguns anos depois, levei a Renata. Foi a primeira de várias viagens pelo mundo. Até que vieram os meninos....mudou o formato das férias. Depois de algumas temporadas de resorts, estamos quebrando um paradigma e jogando os garotos na nossa praia. A primeira viagem internacional. O sonho deles realizado e eu me dando conta que agora, de sonhador passei à realizador dos sonhos das quatro figurinhas mais importantes da minha vida.

Viajaremos na quinta. Tentarei atualizar o blog diariamente, transformando isso aqui, temporariamente num diário de viagens. Vai depender do estado físico depois de um dia inteiro brincando nos parques.

Enquanto isso, lá em casa....

O Cezar quer ter um blog. Já tem até nome: fala Cezinha! Perguntei o que ele ia escrever lá, e ele disse que ia comentar as notícias que ele ouvia no jornal. Absurdamente antenado, ele é quase um clipping ambulante. Dá conta de todas as notícias...das mais domésticas até as internacionais. Precisa dizer que eu quase explodi de orgulho? Assim que o blog tiver no ar, eu divulgo o endereço, que ele já escolheu: http://www.falacezinha.inf.br/. Questionado pelo .inf, ele respondeu que era um blog de informações, logo....ah, ele tem 7 (SETE!!!) anos...

O João recebeu o boletim do curso de inglês. Com um selo de "Primeiro da Classe"!!! Ok, nem precisa insistir no discurso que não preciso pressionar pelo dez, mas....caralho, foi bom demais!!! Melhor que gol do Mengão em final de campeonato!

E à partir desse exato instante, eu me declaro de férias!!!! Quinze dias sem pensar em trabalho, sem pensar em quota, sem pensar em Brasil Telecom!!!

Fui!






sábado, 26 de janeiro de 2008

O menino e os saraus


Lá pelos idos de 2000, a gente costumava fazer uns saraus na casa da Val e do João. Bons tempos de trocar palavras, emoções e cultura. Uma vez, a Val pediu que cada um levasse algo que lembrasse a criança que um dia tínhamos sido. Eu escrevi o texto abaixo, que agora resolvi postar aqui:


Meu menino escrevia poesia.

Meu menino ouvia música.

Mas meu menino bem sabia correr o mundo feito cachorro sem dono.

Meu menino adorava festas. E guaraná Wilson.

Meu menino já tinha ídolos. Eles melhoraram com o tempo....

Ou o tempo melhorou o menino.

Meu menino adorava festas. E pudim de leite.

Meu menino viajava sozinho. Pilotando os próprios aviões e aterrisando em pistas dos muros baixos da vizinhança.

Meu menino cantava em inglês, sem saber o que era forever nem mistake.

Meu menino sonhava muito e amava, já menino, uma Brasília distante.

Meu menino adorava festas. E cachorro quente.

Meu menino caminhava e falava sozinho.

Meu menino trepava em árvores e caía muito delas junto com mangas e cajús.

Caçava calangos e namorava as estrelas. Do cinema e da TV.

Meu menino ia à missa. Lia na missa. Cantava na missa.

Meu menino adorava festas. E feijoada de lata.

Meu menino jogava basquete. Fazia teatro e queria ganhar um oscar.

Meu menino tinha uma irmã.


Meu menino tem 4 filhos e uma mulher.

Meu menino joga baralho. Vai ao teatro e assiste ao Oscar.

Meu menino adora festas. E feijoada de lata.

Meu menino não vai à missa. Mas reza em casa.

Meu menino não caça nada, mas namora uma estrela. Em casa.

Meu menino não trepa em árvores.

Meu menino caminha e fala sozinho.

Meu menino adora festas. E cachorro quente.

Meu menino sonha muito e ama, ainda menino, Brasília. Pra sempre.

Meu menino canta em inglês. Escreve em inglês. Fala inglês.

Meu menino viaja sozinho.

Meu menino adora festas. E pudim de....não....e profiteroles.

Meu menino tem poucos ídolos. Eles mudaram com o tempo.

O tempo não mudou o menino.

Meu menino adora festas. E guaraná Wilson.

Meu menino sabe correr o mundo, mas não é dono de nenhum cachorr.

Meu menino ouve música.

Meu menino ainda escreve poesias. Mas não mostra pra quase ninguém....


segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Ainda sob o impacto do Caçador de Pipas, há muito pouco a dizer...


Fui ver "O Caçador de Pipas". Ainda tento buscar palavras para comentar o filme. Não é uma obra-prima. Mas, no meu caso pelo menos, é um catalisador de emoções fortes, que quase me faz pagar um mico daqueles inesquecíveis. Em alguns momentos do filme, eu estive muito perto de perder o controle e chorar desbragadamente, tremendo o queixo e soluçando alto. Me controlei um pouco. Chorei baixinho e contido. O filme é excelente. A atuação das crianças, principalmente o Hassan, é perfeita. A história é uma das melhores contadas nos últimos tempos. Redonda. Justa. Cheia de matizes diversas que dão margens à mil interpretações. Será uma história de amizade, de abnegação, de subserviência, de reparação? É uma história de relação humana. Com tudo que isso tem de bom e de ruim. Uma história de culpa, de inveja, de covardia e de raiva. Uma história de admiração, de respeito, de coragem. Percebem as mil contradições? Quer espelho mais fiel da nossa vidinha? Lá no Afeganistão e aqui. Na Malásia ou na Polônia. Na Guiné Bissau ou em Vancouver. Os sentimentos são os mesmos. Travestidos de cultura, costumes, leis ou simplesmente, ações e reações. Sempre há jeito de ser bom de novo. Não que na minha opinião, ele tenha sido ruim. Mas vai daí a complexidade da coisa. Sempre há jeito de enxergar diferente.


Vejam o filme. Esqueçam as críticas. Tem um monte delas dizendo que o filme carece de emoção. Tem que ser uma pedra da gelo pra falar isso. Ou sou eu que tô me derretendo à toa?



quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Gente, espelho da vida doce mistério







Escrever é uma cachaça! Aliás, para a analogia ficar mais próxima desse bloggeiro, é um espumante da melhor qualidade! Junte-se à isso, um punhado de amigos do peito que teimam em elogiar e se emocionar com essas bobeiras que posto aqui, pronto: temos um escorpiano obcecado por assuntos, frases, fatos, filmes ou o que quer que renda mais de um parágrafo. Assim tem funcionado o meu processo criativo. Tenho estado sempre alerta, buscando sensações ou tentando transcrever tudo que acontece ao meu redor. Lógico que 98% das coisas que passam pela minha cabeça acabam longe daqui. Ou por não serem de interesse público ou simplesmente por serem pensamenso insanos e indecentes que só cabem à minha mente viajandona.






Essa semana eu quis escrever sobre um monte de coisa. Ando me emocionando com frases soltas que ouço por aí. Ando pensando um bocado sobre pessoas e suas reações. Tenho visto muita gente perdida, achada, se achando, perdoando, buscando a harmonia, sendo sensata, sendo insensata, sendo honesta ou fingindo ser. Gente buscando apenas a felicidade e gente cega pra felicidade que bateu na porta. É muito bom observar pessoas. Acompanhar reações. Tentar entender movimentos e mecanismos. Somos adoráveis máquinas desgovernadas. Programadas para funcionar num padrão, mas que de repente, sem aviso ou alarme, mudamos completamente o rumo da prosa. Simplesmente porque foi mais forte. E o quê é mais forte? O sentimento, a razão, o outro, a circunstância, o tempo, o desejo, a noção ou a falta dela. Isso dá pano pra muita manga. O fato é que eu tenho tentado achar um tom e um padrão pra isso aqui, mas tá complicado. Tem sido muito mais prazeroso falar de seres humanos e suas vidas anônimas, do que comentar filmes, livros e cd´s. Tem gente achando que tá muito pessoal. Tem gente adorando e se emocionando. Seria fascinante viver como o vouyer. Criando histórias em cima de fatos isolados, aos quais, como Deus, damos a continuidade e a precedência que melhor nos aprouver. Não. Nem tudo tem final feliz. E eu nem gosto muito deles. Talvez porquê finais são felizes, mas são finais. Eu prefiro as coisas em permanente construção. Sempre buscando melhores práticas. Sempre dando corda pra mais um capítulo. Encarando cada fala como uma etapa, que pode ou não mudar radicalmente na folha seguinte. À isso chama-se também esperança. Ou então, maturidade pra voltar atrás quando achar que deve. Vá entender. E para quê entender e decifra o enigma? Se o bom é ficar pensando e elocubrando sobre as vicissitudes da vida! Como dizia Caetano, Gente quer comer, Gente quer ser feliz, Gente quer respirar ar pelo nariz!






Não posso deixar de falar de "Desejo e Reparação". Não acabei o livro. Não tenho tirado boas notas na disciplina "paciência". Não consegui esperar. Fui ver no domingo. Não posso falar muito, sob pena de estragar o melhor do filme que é a construção dos fatos. Tive que parar de ler no meio uma matéria no Correio Braziliense, que contava tudo o que acontece. E nesse filme, você não precisa saber nada. Vá. Sente. Veja. E aí, chore com vontade. Mesmo sem derramar uma lágrima, como eu fiz. Deleite-se com uma fotografia perfeita, um figurino estupendo e uma trilha sonora emocionante. Em diversos instantes me lembrou "E o Vento Levou...". Definitivamente é um épico. Muito mais bem construído. Muito menos meloso. Mas é daqueles filmes que você sempre vai querer rever. Pra odiar os mesmos personagens. Para torcer pelo mesmo par romântico. E....melhor mudar de assunto para não estragar as surpresas.






Na mesma linha, vem aí "O Caçador de Pipas". Esqueça o que a Veja disse sobre o filme. Só pelo trailler já dá pra sentir que é pra encher baldes. Estréia amanhã. Eu vou ver sábado!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Silêncio

Hoje eu não quero dizer coisa nenhuma. Quero aquecer os pensamentos que vêem e vão e guardá-los só para mim. É tempo de recolher flaps e mergulhar no mundo de Cecilia Tallis e Robbie Turner. Preciso acabar esse livro pra poder ver o filme que já estreou!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

The eye in the sky



As músicas entram na nossa vida de maneira interessante. Nem bem acabo de fechar a minha lista de 31, como que de repente, surge uma nova canção pra compôr a trilha sonora da minha vida. Basta um instante mágico, uma luz encantadora no ar, um cheiro talvez, uma risada anônima dada com vontade ou sabe-se lá que sentido mais apurado registrando alguma sensação, e pronto! A música se instala na nossa memória, e hoje isso significa entrar no meu iPod, e tocar infinitamente, como se querendo buscar na lembrança a repetição do momento, que muitas vezes nem lembramos direito qual foi. Daí, tenho cantado repetidas vezes "Believe me, the sun in your eyes made some of the lies worth believing....I am the eye in the sky looking at you i can read your mind".

Hoje, como de costume, acordei muito cedo. Aproveitei o tempo pra devorar o que me restava do "Ensaio sobre a cegueira". Chorei. Não sei se de emoção pela perfeição da obra que meus olhos devoraram, ou se de saudade dos personagens a quem acabei me afeiçoando. A mulher do médico, o primeiro cego, a rapariga de óculos escuros, a mulher do primeiro cego, o médico, o rapazinho estrábico, o homem da venda preta. Figuras sem nome próprio, mas dotadas de personalidade tão bem descritas, que construiu-se no meu imaginário toda a história da vida deles. Exagerado como sou e no auge dessa primeira saudade, elenco como o melhor livro que já li na vida. Olhar por olhos que não vêem. Imaginar um mundo privado de um dos cinco sentidos, onde é preciso apurar os outros quatro, mesmo que isso muitas vezes cause mais problemas que vantagens. Uma situação surreal, mas que entrou de tal forma no meu inconsciente, que por diversas vezes me peguei preparado para cegar á qualquer instante. Vale à pena cada linha. Deleita-se com cada construção de frase, cada diálogo, cada verbo conjugado. Como o próprio autor diz em determinado trecho, que diferença pouco notada faz na vida um adjetivo, um advérbio e um substantivo bem empregado. Agora me resta esperar o filme. Encontrar de novo os meus amigos e dar-lhes as feições que o Fernando Meirelles escolheu.

Estreando novo tema no blog, agora vou incluir por vezes, comentários gastronômicos, fruto dessa mania que eu tenho de comer bem. Ontem conheci o Templo Mediterrâneo, na 212 Sul. Ambiente de extremo bom gosto, agradável, próprio pra infindáveis conversas temperadas com uma caipirinha de frutas diversas e especiarias. A comida, deve-se dizer, parece mais saborosa no menu do que propriamente no prato. Não que não seja boa. Acima da média, eu diria. Mas falta-lhe um toque que o tranforme de alimento em experiência gustativa. De resto, foi uma das noites mais agradáveis. Excelente trilha sonora, parecia que feita sob encomenda pra mim. Um tributo ao U2, estilo lounge. Não houve quem arrancasse da gerente, o nome do CD. Mas eu vou pesquisar e aviso pra todo mundo.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Paciência

Promessa de ano novo é coisa séria. Feita com antecedência, elaborada em sessões de auto análise, sem nem uma pontinha do ímpeto comum àquelas ditas ao léo, no pular das ondas do dia 31, essas então dão trabalho! Porque parece que o mundo conspira pra te testar nos primeiros instantes de janeiro ou então sou eu que, paranoicamente, já procuro me provar o tempo todo.
Eu quero provar da paciência dos sábios. Saber esperar é uma arte. Não correr atrás dos fatos e das idéias. Deixá-las chegar com o tempo que elas tem pra vir. Caralho, isso não é pra mim!!! Mas eu tenho que superar metas. É sempre um prazer especial pra um escorpiano provar quem manda no boteco. Mesmo que o boteco seja meu!!!! Mas se eu aprendi a dirigir (achava que nunca seria capaz), passei no vestibular, , aprendi a apreciar legumes, verduras e sushi, estou me tornando um corredor e a barriga tanquinho tá quase pronta (ok, só eu enxergo isso, mas quem tem que enxergar sou eu mesmo!!!) , porque não conseguir esperar????????????????? Virou mantra. Se faltam quinze minutos, eu espero até vinte. Se eu posso ir hoje, espero amanhã. Tento, e por enquanto são apenas tentativas infrutíferas, não ligar à todo instante pra cobrar o desenrolar das coisas. Espero ter vontade pelo menos cinco vezes, antes de discar. Dói. Fisicamente, dói esse tal de ter paciência. Ok. Como tudo na minha vida é intenso, eu acabo me cobrando mais do que devo, aí fico puto e estrago tudo. Mas estou treinando pra ser gente grande e aprender algumas coisinhas sobre auto controle e disciplina.
Ok. Eu já não posso dizer que estou bebendo menos. No final de semana foram algumas caixas de cerveja e três ou quatro garrafinhas de um espumante básico. Essa eu vou administrar aos poucos, pra não entrar em crise de abstinência. Até porque, paciência sóbrio é mais complicado. Por algum lugar tem que sair a ansiedade e a bebida é ótimo diurético.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Algumas poucas palavras sobre coisa nenhuma


Estou lendo Saramago. Isso não é fácil. Não pelo texto rebuscado e frases formadas num português elegante e nativo. Mas principalmente porquê é inebriante, espantoso e de deixar qualquer reles mortal se sentindo um nada diante da vida e das letras. Mas faz um bem danado, perceber que o ano mal começou e estou diante de uma obra-prima que faz o cérebro funcionar de com força e espantar a poeira do raciocínio e da erudição que habita esse pobre escriba. Daí pra pensar muito, é um pulo....



Pensar na vida faz bem, mas dá trabalho. Amazônia ou Noronha? Vinho tinto na lareira ou champagne na praia? Claro ou escuro? Brut ou demi-sec? A vida é cheia de opções. Algumas excludentes. Outras complementares. Me pego brincando de bate-bola no programa da Marília Gabriela, como se fosse uma figura pública. Tudo isso pra montar um mosaico da minha personalidade e avaliar se precisa mudar alguma coisa. É preciso mudar sempre. E não adianta. Vocês não vão fugir disso (há sempre a opção de parar de ler aqui e fechar a página). Tem muita coisa pra reavaliar antes do próximo 11 de novembro. Não que eu não esteja satisfeito. Mas, não que eu também esteja. Será que alguma hora a gente está? Sim. Morto.



Li esses dias, que com o avanço da tecnologia e as mudanças de comportamento, 40 anos equivale ao que era 30 há 20 anos atrás. Ou seja, o auge da vida foi postergado por uma década. A geração 80 amadureceu, mas continuamos com o gás que nossos pais não tinham na nossa idade. Ainda posso aprender a surfar. Pretendo correr uma maratona. Ok, meia. Me sinto mais jovem que aos 30. Meus olhos brilham diferente e eu vejo isso no espelho, nos dias que resolvo fazer a barba, que aos 30 era uma obrigação diária. Acordo cada dia mais cedo. Isso tem sido um problema. Agora passei pra casa das 5 horas, com muito custo. Durante dois ou três dias, acordei antes disso. Coisa de velho? Pode ser. Mas resolvi. Se acordar esse horário de novo, vou pular da cama e ler. Aproveitar o tempo extra que a vida está me dando. Pra ler e divagar. Escrever também é uma boa opção. E correr. Muito. Tal e qual Forrest Gump. Não por acaso, a trilha sonora do meu reveillon.



Quando antes, essa era hora de colocar no ponto morto, pra desacelerar aos 50, eu estou com o pé forte em cima do acelarador. Querendo cada vez mais de mim, da vida e de quem me cerca. Tudo agora precisa fazer algum sentido, mesmo que seja nenhum. Pra cada prato, a vida preparou um vinho. Pra cada momento, tem uma música e uma luz. Pra cada ação, uma reação e aí vamos entrar no terreno da física, que eu praticamente desconheço com mais profundidade. E questiono. E se pra cada ação, a gente pensasse bastante antes de reagir? O mundo não seria mais harmonioso? Certamente evitaríamos algumas caras feias.



Enfim, vamos andando. O ano começou muito bem. Cercado de amigos e de idéias. Já bebi a primeira Veuve Clicquot. E o ano não tinha feito nem 24 horas. Sinal de prosperidade. Já trabalhei bastante. Sinal de bons negócios. Já sorri pra nada e pra tudo. Sinal de felicidade.



Bom ano-novo!