quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Gente, espelho da vida doce mistério







Escrever é uma cachaça! Aliás, para a analogia ficar mais próxima desse bloggeiro, é um espumante da melhor qualidade! Junte-se à isso, um punhado de amigos do peito que teimam em elogiar e se emocionar com essas bobeiras que posto aqui, pronto: temos um escorpiano obcecado por assuntos, frases, fatos, filmes ou o que quer que renda mais de um parágrafo. Assim tem funcionado o meu processo criativo. Tenho estado sempre alerta, buscando sensações ou tentando transcrever tudo que acontece ao meu redor. Lógico que 98% das coisas que passam pela minha cabeça acabam longe daqui. Ou por não serem de interesse público ou simplesmente por serem pensamenso insanos e indecentes que só cabem à minha mente viajandona.






Essa semana eu quis escrever sobre um monte de coisa. Ando me emocionando com frases soltas que ouço por aí. Ando pensando um bocado sobre pessoas e suas reações. Tenho visto muita gente perdida, achada, se achando, perdoando, buscando a harmonia, sendo sensata, sendo insensata, sendo honesta ou fingindo ser. Gente buscando apenas a felicidade e gente cega pra felicidade que bateu na porta. É muito bom observar pessoas. Acompanhar reações. Tentar entender movimentos e mecanismos. Somos adoráveis máquinas desgovernadas. Programadas para funcionar num padrão, mas que de repente, sem aviso ou alarme, mudamos completamente o rumo da prosa. Simplesmente porque foi mais forte. E o quê é mais forte? O sentimento, a razão, o outro, a circunstância, o tempo, o desejo, a noção ou a falta dela. Isso dá pano pra muita manga. O fato é que eu tenho tentado achar um tom e um padrão pra isso aqui, mas tá complicado. Tem sido muito mais prazeroso falar de seres humanos e suas vidas anônimas, do que comentar filmes, livros e cd´s. Tem gente achando que tá muito pessoal. Tem gente adorando e se emocionando. Seria fascinante viver como o vouyer. Criando histórias em cima de fatos isolados, aos quais, como Deus, damos a continuidade e a precedência que melhor nos aprouver. Não. Nem tudo tem final feliz. E eu nem gosto muito deles. Talvez porquê finais são felizes, mas são finais. Eu prefiro as coisas em permanente construção. Sempre buscando melhores práticas. Sempre dando corda pra mais um capítulo. Encarando cada fala como uma etapa, que pode ou não mudar radicalmente na folha seguinte. À isso chama-se também esperança. Ou então, maturidade pra voltar atrás quando achar que deve. Vá entender. E para quê entender e decifra o enigma? Se o bom é ficar pensando e elocubrando sobre as vicissitudes da vida! Como dizia Caetano, Gente quer comer, Gente quer ser feliz, Gente quer respirar ar pelo nariz!






Não posso deixar de falar de "Desejo e Reparação". Não acabei o livro. Não tenho tirado boas notas na disciplina "paciência". Não consegui esperar. Fui ver no domingo. Não posso falar muito, sob pena de estragar o melhor do filme que é a construção dos fatos. Tive que parar de ler no meio uma matéria no Correio Braziliense, que contava tudo o que acontece. E nesse filme, você não precisa saber nada. Vá. Sente. Veja. E aí, chore com vontade. Mesmo sem derramar uma lágrima, como eu fiz. Deleite-se com uma fotografia perfeita, um figurino estupendo e uma trilha sonora emocionante. Em diversos instantes me lembrou "E o Vento Levou...". Definitivamente é um épico. Muito mais bem construído. Muito menos meloso. Mas é daqueles filmes que você sempre vai querer rever. Pra odiar os mesmos personagens. Para torcer pelo mesmo par romântico. E....melhor mudar de assunto para não estragar as surpresas.






Na mesma linha, vem aí "O Caçador de Pipas". Esqueça o que a Veja disse sobre o filme. Só pelo trailler já dá pra sentir que é pra encher baldes. Estréia amanhã. Eu vou ver sábado!

2 comentários:

Fabiano Lima disse...

Já eu fui assistir o "meu nome não é Johnny". Em uma palavra: legalzinho. E só.

Anônimo disse...

O título do post está perfeito, com a foto adicionada então...
quem sabe, um dia, não vira o título do livro?