terça-feira, 14 de junho de 2011

Tá pensando que é fácil, dizer "eu te amo"?


Não é nada fácil dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. É necessário um pouco de sorte e crença no impossível. Passado tanto tempo, há que se buscar num mundo de trocentas complicações, um segundo que seja pra pensar na pessoa amada, e afastando do pensamento todos os adendos do dia à dia, vê-la como a mais prazerosa das vontades. Acenda uma vela pra São José dos Amores Eternos e reze para que mesmo depois daquele desastroso primeiro jantar, quando você não fazia idéia que era necessário limpar um peito de peru antes de colocá-lo no microondas, ela decida seguir em frente.

Não é simples dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. É preciso paciência para compreender que o amor é maior que todos os atropelos da vida doméstica. Afinal de contas, eu planejei com minúncias de detalhes toda a operação pra levar o Bernardo numa festa na MI do Lago Norte, na casa de amigos novos que nunca tínhamos visto na vida e depois comparecer com os gêmeos numa festa junina no Park Away, encontrar os amigos que tanto nos divertem e de olho no relógio cronometrar o tempo de retorno porque a festa do Bê acabava à meia-noite e não era legal deixá-lo esperando, tudo isso na véspera do dia dos namorados.

Não é banal dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. É uma arte quase oriental compreender que os planos de um dia inteiro juntos pode ser destruído por um sono incontrolável de quase 12 horas, descanso merecido de quem teve que colocar no ar uma campanha que a "clienta" resolveu pedir de última hora com entrega necessária pra penúltima. E como era uma coisa quase impossível, a pessoa foi lá e fez. E aí, ajuda pra caramba morrer de orgulho pela melhor profissional do mercado que dorme comigo. Dorme muito, mas é comigo!

Não é comum dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. Há que se buscar sabedoria nos manuais do entendimento humano pra desejar a mesma mulher por tanto tempo e esperar mais uns minutinhos porque agora é hora de montar não apenas um, mais dois sistemas digestórios que as crianças tem que levar pra escola na segunda-feira, mas só lembraram de avisar no domingo à tarde. E santa criatividade, em pouco tempo, tava lá o produto feito com papel crepom, canudos de plástico e caroços de feijão.

Não é corriqueiro dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. Há de se pensar no outro como a mais perfeita concepção de todos os seus desejos de adolescência, mesmo quando a adolescência já tiver bem distante. Ou não! Porquê o primeiro grande fruto deste amor está vivendo plenamente a mesma e resolveu achar normal ficar em recuperação em apenas 10 matérias e quando depois de uma semana quase sem se ver porque trabalha-se em média 12 horas por dia, é preciso conversar com o garoto pra saber as razões dele não ter conseguido recuperar nenhuma das mesmas e traçar um plano de ação para ajudá-lo nessa dificílima empreitada que é fazer uma única coisa na vida, tudo isso com ele achando um tédio aquele papo interminável de pais caretas que não entendem que ele só quer curtir a vida.

Não é trivial dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. Temos sempre que buscar palavras bonitas pra traduzir esse amor e também para discutir onde será feita, e de que forma, a fisioterapia do filho que esmurrou uma janela de vidro achando que não ia dar e nada e deu em quarenta pontos internos, várias consultas ao ortopedista para acompanhar a recuperação e uma cicatriz gigante em forma de raio no antebraço esquerdo. Não vamos esquecer também que em decorrência deste fato, o filho amado ficou três semanas sem escrever e agora precisa ajuda pra recuperar o tempo perdido e a nota de história que o deixou em recuperação.

Não é tão natural dizer "eu te amo" por 20 anos seguidos. Há que se arrancar do baú de horas inesgotáveis, um tempo pra dividir sem pressa, entre viagens semanais, celulares que tocam o tempo todo, o mba que eu resolvi fazer nem sei porque, as reuniões na escola, as reposições de aulas particulares, o treino na academia, o campeonato de futebol do filho mais novo, a apresentação de bateria e o filme novo da Disney que estreou.

Não digo que eu seja um cara normal. Dizer "eu te amo" 20 anos seguidos, não é pra qualquer um, meus amigos. Entender que as lógicas são diversas, que cada um tem um jeito diferente de expressar o seu amor e que isso é o que mais encanta e renova tanto tempo de felicidade é uma tarefa hérculea para um macho alfa. Quando ainda por cima, carrega-se no temperamento e tatua-se no braço a dramaticidade de um escorpiano típico que não admite ser contrariado, aí é cruel. Pensa-se em largar tudo e buscar alguém que o ame de verdade e que seja merecedor do mesmo amor. Aí pensa-se mais um pouco tentando imaginar onde encontrar outra pessoa mais maluca do universo que preencha, que complete, que orgulhe, que entre no restaurante mais chique da cidade de calça jeans e tênis all star, como se estivesse vestindo um legítimo Carlos Miele e calçando um Louboutin e te deixe extasiado diante de tanta autenticidade e beleza, e...desiste-se...mais fácil tentar a mega-sena!

Não tem receita. Ou ela está justamente nessas vibes distintas. Nesta vida louca vida que levamos juntos e não deixa tempo pra coisinhas pequenas e melindres. Nesta incongruência de comportamentos e visões opostas que se encontram na esquina da sensatez com a maturidade. São duas batidas absolutamente díspares que a gente mixa com a arte de um grande DJ e anima essa nossa longa e doida festa batizada de vida em comum!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Feliz Dois Mil e Sempre!


Se existe uma coisa que gosto no mês de dezembro é esse momento retrospectiva que toma conta do mundo. Também chamo de balanço, de encontro de contas, de “joga pra cima, o que cair dentro do círculo tá valendo”. 2010 foi um ano atípico. O ano que eu tive coragem de me reinventar. De me permitir mudar. Só um escorpiano consegue entender o que isso significa. Comecei o ano desempregado. A palavra parece forte, mas vamos ser diretos: não existe sinônimo para uma situação dessas. Não sou herdeiro, pra dizer que estou vivendo de renda. Não sou artista, pra dizer que estou analisando novos projetos. Não sou porra louca suficiente, pra dizer que estou renovando as energias através da purificação do chacra. Não sou pauta da Exame, pra dizer que estava em período sabático. Logo, estava mesmo era sem emprego. Ok. Por opção própria, e isso ajuda bastante. Mas o fato é que comecei o ano, sem saber como ele terminaria.

Não vou dizer que é pra minha surpresa, mas está terminando melhor que encomenda. Não me surpreende, por quê sempre soube que mais que estrela, eu tenho uma constelação inteira. Exagerado? Não. Agradecido. Otimista. Abençoado por Deus, e bonito por natureza (olha o escorpião aí de novo...rs). Esse foi o ano que eu descobri o prazer de fazer o que eu sempre fiz sem muito tesão. O meu trabalho. Descobri que gosto muito disso tudo. Sempre tive sucesso. Subi rápido. Caí mais rápido ainda. Me recuperei. Mas sempre achava que eu estava mesmo era enganando muito bem. Hoje já não penso assim. Consigo perceber que ao fazer com responsabilidade e com equilíbrio o que eu parecia não gostar, adquiri uma capacidade extrema de tirar leite de pedra.

Mas esse ano, o que eu aprendi mesmo é que eu não precisava tomar conta de tudo e de todos. Que eu não só posso, como devo deixar as coisas acontecerem sem que eu tenha que interferir, gerenciar, tomar conta, dar conta e ainda com louvor, parabéns e estrelinha. Concluí que viver comigo não deve ser fácil. Minha mulher e filhos que o digam. Pior ainda, viver comigo achando que eu era a melhor coisa que podia lhes acontecer. Caraca, nunca falei isso nem pra terapeuta. Mas é verdade. Esse ano eu aprendi que eu posso dar espaço. Que eu tenho que conviver com uma maneira diferente de pensar. Que as coisas podem mudar de lugar e, ainda assim, cumprirem seu papel. Que existem “n” maneiras de fazer alguma coisa e que podem dar o mesmo resultado.

Foi um ano de novas amizade de infância. No ano que acaba com a estréia de Facebook – o filme, eu fiz grande amigos pela rede mundial de computadores. Contando pouca gente acredita. Mas, se tem gente casando, transando, separando e traindo pela web, porque não fazer grandes amigos? Definitivamente, a pracinha mudou de lugar. É na rede que a gente se encontra. Reaproxima. Sabe notícias. Diz que curtiu. Faz comentário. Implica. Brinca. Fazer o quê? O mundo caminha pra isso, e desde 1991, Faith Popcorn já falava nesse tema. O tempo é cada vez mais reduzido, embora o dia continue a ter as mesmas 24 horas. Mas elas encolheram. Só nos resta manter contato através de computadores, smartphones, iTudo. O melhor é descobrir que nessa praça do tamanho do mundo, você encontra gente que nunca encontraria. Retoma amizades, convivências, afinidades que pareciam perdidas no passado. Um simples clique, pode significar um sorriso, um gesto de apoio, um abraço camarada.

Enfim, arrisco dizer que foi um dos melhores anos de minha vida. Quando eu achava que já estava tudo escrito, ainda termino o ano querendo fazer pequenos ajustes na rota desse meu barco. Criei novos objetivos pra mim. Como eu disse pra um amigo hoje, aos 42 anos resolvi que ainda tenho algumas metas pra perseguir. E vou atrás delas com força e com vontade.

Pra quem chegou até aqui, só me resta desejar um Feliz Dois Mil e Sempre! Que estejamos cada vez mais juntos, cada vez mais fortes, cada vez mais insuportavelmente felizes!

terça-feira, 9 de março de 2010

The Best Of



Como o servidor do meu antigo blog, resolveu deletar sem aviso prévio tudo que havia sido anteriormente publicado, achei que já podia me dar ao luxo de publicar um "The Best Of Coluna do Edrisse - 2003/2006". Reli tudo que eu tinha guardado, do que havia publicado, e escolhi três textos.

O primeiro, que pode não ser uma das melhores coisas que escrevi na vida, tem um significado todo especial pra mim. Fala do meu pai e da eterna saudade que sentirei dele.

Esse negócio de escrever é muito doido. O Blog de hoje, seria sobre o novo CD do Roberto Carlos. Mas não saiu. Fica pra próxima. Tinha um outro assunto querendo muito ser falado. E eu decidi deixar. Já que isso é uma grande brincadeira, porque seguir ordens e formatos? A coisa está na minha cabeça há algum tempo, querendo ser dita. E como eu estou amando muito tudo isso, vai ser hoje....

Eu acredito que a morte pode ser um prêmio. Somente os muito bons e muito puros morrem sem dor. Fazem a passagem de forma serena e tranqüila. Lógico que pra quem fica, é muito mais duro, porque na maioria das vezes, isso se dá de forma inesperada. Mas o prêmio é pra quem vai.

Meu pai foi premiado. E com muita justiça. Foi a pessoa mais pura que já conheci na vida. Uma criança crescida. Cheio de defeitos, mas dono da virtude mais exemplar de um ser humano: a pureza d’alma. O cara não existia. Alegre, intempestivo, barulhento, folgado, teimoso, engraçado. Nunca passou desapercebido.

Comecei a entender o meu pai muito cedo. Aliás, muito mais cedo que o normal, a gente inverteu os papéis, e eu passei a orientar mais que ser orientado. Se é verdade que eu sou um espírito velho, como já me disseram, isso fica muito explícito na nossa relação. Pra alguns, eu era o “queridinho” dele. Mas na verdade, eu o entendia e aceitava com todas as suas limitações. Extraía dele o que ele tinha de melhor pra oferecer. E não que eu apenas me contentasse com isso, porque contentar parece com “se consolar”. E longe de ser um consolo, meu pai era um orgulho pra mim. Eu me locupletava com ele.

Não conversávamos muito. Mas o silêncio da nossa companhia preenchia a nossa relação. Os nossos mundos eram completamente diferentes. Sempre foram. Mas a gente não exigia visto de entrada. O respeito e a admiração eram mais fortes. Não vou negar que eu não tenha sentido falta de um monte de coisas que ele não podia me dar. Não deu. É a minha história e pronto. Mas tenho muito forte na minha lembrança, um sentimento que me acompanha desde muito novo: o orgulho de sua integridade e da sua honestidade. Isso me fazia olhar pra ele, com aquele olhar de criança cobiçando o doce na vitrine da padaria.

Como tudo na vida, a gente só dá o devido valor depois que perde. Hoje eu consigo ter essa visão “terapeutizada” da nossa relação. Hoje eu entendo o porquê a nossa relação tinha essa magia. Acho que a gente resgatou o que tinha que resgatar. Ao final de tudo, me dou por muito satisfeito com nossa passagem nessa vida. E fica só uma imensa saudade...

Saudade que nunca acaba. Lembrança de cada momento. Do pai herói. Do pai distante. Do pai ausente. Do pai que mima. E uma mais doída ainda, que é saudade do pai que ele não teve tempo de ser: pai amigo e avô. Quando eu falo de pai amigo falo de um estágio, no meu entendimento, que a gente só atinge quando também é pai. Junto com a paternidade, vem uma maturidade que nos permite entender todos os erros e acertos cometidos por nossos pais. O que parecia omissão, vira tolerância. O que parecia maldade, vira educação. O que parecia ausência, vira necessidade de batalhar pra nos dar uma vida melhor. E o que parecia amor, vira um sentimento que eu nem consigo dar nome de tão forte e intenso que é. E aí, a gente percebe que tudo que somos como homem, devemos à ele.

Mas pra uma coisa não há remédio: Fábio Jr e o tal do “brincar de vovô com meu filho, no tapete da sala de estar”. Por mais que eu acredite que lá da estrela em que ele vive, brinca muito e olha por todos nós, a falta é irrecuperável. Não há um só momento em que eu não queira muito a presença do Vovô Cezar. Seja pra aplacar a saudade inesgotável do João, que até hoje chora ao falar do avô; seja pro Bernardo reconhecê-lo e satisfazer o desejo que ele tem de ir na estrela buscá-lo; seja pra apresentá-lo pro Cezar e pro Pedro (que vive perguntando se não tem um vovô Pedro). Mas principalmente, pra ele juntar todos eles, e na sua distância regulamentar, se orgulhar muito da família que eu formei.

Falando diretamente para o próprio: Pai, que falta você faz! E como após quatro anos, quão presente você é! Em cada festa de família, em cada travessura dos meninos, em cada novela que estréia, em cada eleição, em cada domingo que o telefone não toca às 7:00hs da manhã. Continue olhando por todos nós. E repetindo o que eu falei no dia da sua passagem, e que eu tenho certeza que você ouviu: me ajude apenas a ser um pai como você foi. Que um dia, eu possa ouvir dos meus filhos, pelo menos o que eu te disse aqui.

O tapete da sala de estar está lá. Os CD’s do Frank Sinatra também. And you must remember this, you did it, my way!!!!

Desculpem, mas hoje a coluna era dele. Acho que ele ia se orgulhar muito disso também!

O próximo texto, foi escrito por volta de fevereiro de 2004...eu tinha recém-completado 35 anos!!! Não sei se hoje mudaria muita coisa, mas acho que aos 40 e poucos, continuo assinando embaixo do que tá escrito...

Ontem eu recebi um texto, supostamente do Mario Prata, sobre “mulheres de 30”. Tudo absolutamente verdade. Definitivamente, a mulher de trinta – e aí, estabelecendo uma margem de manobra, estamos falando de algumas com 28 e outras tantas com até 40 e poucos – está na sua melhor fase. É o apogeu da vida. Não que outras idades não sejam igualmente interessantes. Todas têm o seu valor. Mas acho que é nesta fase que a vida é vivida com mais intensidade e vigor. Diante disso, e esse assunto está me abordando há algum tempo, fiquei pensando em nós, homens de 30. Já falei aqui no blog sobre a “crise” que me acometeu ao fazer 35. E hoje, três meses depois, concluo que vivo a melhor fase da minha vida.

Aos 30 e tantos, o homem já definiu quase tudo na vida, e começa a colher os frutos. Me desculpe Zeca Pagodinho, mas sem essa de “deixa a vida me levar”. O homem de 30 e tantos, segura firme nas rédeas e toca a vida pra onde quer levá-la. É o senhor do seu destino, e mesmo quando atropelado pelas reveses da vida, sabe levantar de queixo erguido e seguir a caminhada.

Não vivemos sozinhos. Nunca. Aos trinta e vários, o homem já conheceu o grande amor da sua vida. Se foi inteligente e capaz, a mantém do seu lado. Se a perdeu, vai saber encontrá-la em outra. Sim, porquê os homens de 30 e alguns, não perdem tempo se lamentando. Correm atrás e fazem a sua felicidade.

Cuidamos do corpo com sapiência. Sem essa de querer definir avidamente o que até agora estava sem definição. O objetivo é levar uma vida saudável, e se precaver contra as armadilhas a que a máquina fica exposta. Se partindo disso, alguns músculos teimarem em aflorar e tomar forma, tanto melhor. A barriguinha está incorporada à personalidade de cada um. Não temos nenhum pudor em expô-la com todas as saliências e dobraduras porventura existentes.

Profissionalmente, já nos estabelecemos. Nesta altura da vida, já sabemos o que nos espera na outra metade do tempo que, estatisticamente, nos resta. Burocratas, artistas, executivos ou alternativos (sim, porque o homem de 30 e cacetada, mesmo que não faça nada, faz disso uma bandeira de opção de vida, e tem sempre uma mulher que romanticamente admira aquele que não se vendeu ao sistema). É hora de aprumar a vela, e sentir o vento batendo no rosto. A depender do barco, podem vir dificuldades, travestidas de emoção, ou serviço de bordo de primeira.

Sabemos exatamente o que podemos ter e fazer. Já não buscamos ansiosamente os ícones da nossa geração. O que já obtivemos, desfrutamos. O que ainda falta, conseguimos planejar e antever quando virá. Não almejamos nada que seja impossível. Se for difícil, é preciso querer muito pra valer o esforço.

Já experimentamos todas as drogas que quisemos. Continuamos fazendo uso das que nos dão prazer. Sem culpa, mas sem necessidade de afronta. Simplesmente nos permitimos “curtir a onda”. Respeitamos os nossos limites, e os que chegaram até aqui impávidos, é porque os conhecem bem.

Entre quatro paredes, ou sem nenhuma delas em volta, exercemos o direito da igualdade. Sim, porque durante boa parte da vida, fomos escolhidos. Vivíamos imberbes em busca dos prazeres da carne, sujeitos à avaliações, célebres dispensadas, rotulados e classificados entre tantos. Não sei se pela pouca oferta, ou porque nessa idade as mulheres estão bem mais inteligentes e preparadas para lidar com isso, hoje escolhemos, ou na pior das hipóteses entramos num acordo. Se já broxamos ou não, isso deixou de ser cavalo de batalha. Se aconteceu, paciência, e virou história pra contar. Se não aconteceu ainda, vai acontecer,e daí?

Alguns mais e outros menos, a verdade é que evoluímos. E aos 30 e muitos, definimos nossa própria conduta, libertos do comportamento primitivo do macho de outra época. Nos permitimos chorar, cozinhar, curtir moda e decoração, participar ativamente da vida dos nossos filhos, cuidar da gente. Os estudiosos de marketing até deram nome à este novo homem: metrosexual. Pura balela, pra segmentar mais um mercado e gastar mais verba dos clientes.

Onde vai dar essa pose toda de que me investi, não tenho idéia. Façamos um esforço, em prol da qualidade da espécie, pra que nossos filhos sejam assim aos 20 e poucos. E que nós aperfeiçoemo-nos cada vez mais até o fim da vida. Acho que as mulheres, penhoradamente, agradecem. E elas agradecem cada vez melhor....


E por último, um texto escrito em 2005, falando sobre a primeira viagem sozinho do João Victor, meu filho mais velho, então com quase 7 anos!

Pensei que fosse fácil, mas não é. Parece título de música da Rosana...mas enfim, é o início do report de hoje. A gente é cheio de teorias na criação dos filhos. Cada um tem a sua, e com amor, todas são válidas. Mas na hora da prática, a emoção bate forte e temos que segurar a onda pra não pôr tudo a perder.

O João fez hoje sua primeira viagem sozinho. Quando a avó ligou no sábado dando essa idéia, confesso que minha primeira reação foi dizer NÃO. É longe. A viagem de ônibus é perigosa. Ele não agüenta a saudade. Quem vai olhar? Quem vai cuidar? E se ele cair? E se ele se perder? Ridículo, né? Medos meus, mas que nem tenho vergonha de assumir. É coisa de pai. Aquela sensação de onipotência e onipresença que nos faz acreditar que, às nossas vistas, os filhos estarão livres de tudo. Aí entra o velho e bom equilíbrio entre os casais. Minha mulher, bem mais sensata, encarou com naturalidade e satisfação. Perguntamos à ele, e obviamente, ele topou na hora. Dei lá meus jeitos pra coisa ficar mais confortável pra mim. Ele foi de avião até o Rio. De lá foi de carro até Bicas, com os tios da Renata. Pela última notícia que tive, deve estar chegando.

A coisa mexeu comigo. É um passo grande rumo à vida independente. Eu, que sempre quis criá-los para o mundo, de repente me assustei com a velocidade que as coisas ocorrem. Mas não dá pra impedir. Férias na casa da avó. Quer coisa melhor? Em cidade do interior? Eu não tive essa oportunidade, mas tive outras. E ontem, me peguei contando essas experiências para eles, sentado no bar de casa, tomando cerveja, quase de igual pra igual. Minhas primeiras viagens, medos, sensações. Eles com o olhar comprido, querendo saber de detalhes esdrúxulos, verdadeiramente interessados e ansiosos pro tempo passar e poderem viver isso também. Não precisa dizer, que a corrida está só no começo. Os outros três, já estão cada à seu modo, contando o tempo para terem a mesma chance. Bem, no dia que os quatro forem juntos, alguém vai ter que acudir esse pai bobo, que vai chorar feito criança.

Pra completar, ele quase não embarcou. O vôo estava atrasado duas horas. A gente não queria empatar os tios que iam ter que esperar até às onze pra seguir pra Bicas. Cogitamos adiar a viagem por 24 horas. Aí, mais uma surpresa. Ao invés do choro incontido, uma cara de tristeza, mas segurando a onda e entendendo o lance. Diante disso, o que fazer? Corri na Varig, tinha um vôo saindo em vinte minutos. Apesar da correria, deu certo. Eu nunca vou esquecer o sorriso dele, correndo com a mala na mão, vibrando de felicidade, porque ia finalmente embarcar.


Hoje o que importa é que me deu uma sensação de tarefa cumprida. Uma das muitas a que nos propomos. O João era pura segurança à caminho do embarque. Não olhou pra trás, certamente com medo de chorar. Natural que chorasse. Mas pelo menos, já sabe como contornar as coisas. Ele vai sentir saudade, e é bom que sinta. Afinal de contas, a gente só sente saudade de coisa boa. Vai aprender um monte de coisas novas, e certamente, voltará dando aulas pros irmãos. Papel que desempenha com maestria.

Quando a Dinda Ana Paula perguntou se ele agüentaria esses dias todos longe do pai e da mãe, ele sem titubear, deu uma resposta típica dele: Se eu agüento tanto tempo longe do meu tio Gabriel e do meu avô Cezar, porque não vou agüentar uma semaninha longe deles????

Quando ele nasceu, eu que tenho trilha sonora particular pra minha vida, escolhi uma música pra ser dele. Do Gil. Há de surgir, uma estrela no céu cada vez que ocê sorrir...As noites de julho serão claras como o dia, com o a quantidade de novas estrelas que surgirão.

Thomas e Mariângela (os tios), a participação de vocês foi super especial. Obrigadão. Ele não vai esquecer nunca...

Filho, a coluna de hoje é só sua. Quando você crescer, e tiver a oportunidade de ler isso, talvez ria ou morra de vergonha. Mas depois de um tempo, vai chegar a sua vez, e você verá que não existe nada na vida que se compare à essa emoção.

Boa viagem, e divirta-se muito!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Liberdade, Liberdade



Esperei passar o espanto inicial provocado pelas últimas decisões. Esperei passar o aniversário. Não queria transformar essa enésima retomada num gesto emblemático. Tenho tido vontade de escrever muito, mas faltava a disposição e o entusiasmo. Não quero que esta coluna viva de momentos singulares. A proposta sempre foi outra. Mas acabou que virou um depósito de vastas emoções. Ok, e alguns pensamentos imperfeitos.



Mas não dá pra fugir do assunto. A liberdade não tem preço. Me impressionou mais que a liberdade, a carga de auto estima que ela traz. De repente, eu que já era um escorpiano dono do mundo, virei dono do melhor mundo que há: o meu. Pedir demissão é um ato, por si só, devastador. Inverte-se a lógica natural do sistema. As pessoas se habituaram a serem dispensadas. O rumo é ditado sempre por quem emprega. Pedir demissão quando não se tem outro emprego, e absolutamente nada em vista é um ato de subversão extrema. Alguns associam a loucura. Outros à irresponsabilidade. Eu pedi demissão, sem ter outro emprego, mas tendo muita coisa em vista. Até não tinha quando decidi, mas depois do ato consumado, passei a ver um campo imenso de coisas que nunca havia nem cogitado. Aí descobri o quanto podemos ser limitados, ainda mais quando somos programados pra dar certo. Tenho concluído que todo profissional, em algum momento da sua vida, deveria fazer isso. Sei que existe uma série de circunstâncias que precisam ser favoráveis. Não recomendo isso como exercício de porra louquice. Mas, talvez devamos buscar no nosso cinto de utilidades aquela capacidade de adaptação peculiar à todo brasileiro, mexer nos hábitos e consumos, conversar com a turma de casa e tentar. Aí vai valer tudo. Inclusive não dar certo. Mas vamos pensar nisso lá na frente. Acho que serei, no mínimo, uma pessoa diferente.



Agora, nesse exato momento, só penso em tirar férias. Vinte dias, sem celular, sem blackberry, sem notebook. Não quero carregar na mala a angústia de ter ousado pensar em descanso remunerado. Na verdade, este é um monstro que eu mesmo criei. Sendo ainda mais verdadeiro, este é um monstro que se cria sozinho e quando você percebe está mandando em você. Percebi, acredito que em tempo, que sou o único cavaleiro que pode destruí-lo. Ou domesticá-lo.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Presente de Aniversário

Não é de hoje que os meus amigos, conhecidos, colegas de trabalho, vizinhos, o ascensorista do elevador (se isso ainda houvesse) e a copeira do trabalho sabem: está chegando meu aniversário. Sim, os tais famosos 40 anos estão por vir. Contagem regressiva para a data redonda, zilhões de planos pra nova etapa da minha vida, onde de prático pouco ou nada vai mudar. Ou muda tudo, mas à todo instante, a gente nem percebe e quando se dá conta, está completamente diferente. Não importa. O tema não é esse. Quero falar de presente. Todos os listados acima e também a torcida do flamengo sabem que eu adoro ganhar presente. Nenhuma culpa quanto à isso. Presente é um carinho na alma e não necessariamente está ligado à coisas materiais. Presente é ganhar algo que você queria muito ou coisa que você nem sabia que queria tanto, mas que quando ganha faz abrir um sorriso do tamanho da sua vida. O melhor presente que eu poderia receber esse ano, talvez um dos melhores que eu posso vir a receber em toda a minha vida, eu ganhei hoje. Adiantado!!!! Quer coisa melhor que presente adiantado? Curiosos? Segue então a pequena história....

Metade do primeiro semestre letivo. Chegam em casa, esbaforidos como de costume, os quatro moleques.

- Pai, vai ter olímpiada de astronomia de novo esse ano!

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, conhecida entre eles como OBA, é um concurso promovido pela Sociedade Astronômica Brasileira e pela Agência Espacial Brasileira. O objetivo principal é difundir entre alunos do ensino fundamental o gosto pela astronomia. Em outras palavras, ensinar aos moleques o que verdadeiramente existe entre o céu e o mar nas noites estreladas e durante os dias ensolarados de verão.

- Pai, você deixa a gente fazer? Tem que entrar no site. Tem que ir na aula que vai ter na escola. A aula é de tarde. O Célio leva. Tem que baixar o material no site. Tem que estudar. Tem que fazer experiência prática. Tem que fazer prova. Pai, será que eu vou ganhar? Pai, será que tem prêmio? Pai, vc deixa? Pai, eu quero!

Não é música do Titãs, mas era tudo ao mesmo tempo agora. E pra ontem, como de costume! O objetivo é louvável. O interesse legítimo (muito embora por trás de tudo, estivesse o dvd player portátil que o vizinho, campeão da mesma olimpíada no ano passado, ganhou). A logística, um pouco problemática. Mas tudo isso junto me pareceu uma boa oportunidade de deixá-los fazer algo, do início ao fim, por conta própria. Eu ensino a pescar. Se virem.

- Pai, eu tenho aula hoje na escola e tenho Marcela também!

Marcela, é uma santa criatura que ajuda o Bê, na procura pela ordenação de letras e números. No meio disso tudo, ajuda ele nos deveres de casa. Faz ele pegar no tranco. Se interessa sobremaneira pelo sucesso desse garoto.

- Bernardo, como você vai fazer essa prova, filho? Você não sabe ler...você já tem tanta atividade...não dá conta dos deveres...e ainda por cima, perder aula com a Marcela???!!!

Cara de gato de botas. Só ele sabe fazer essa cara!

- Olha só, eu tô cansado! Cansado de vocês demandando tudo da gente! Cansado das brigas! Cansado de ter que comprar tudo! Cansado de ir atrás de tudo! Querem participar dessa olimpíada? Se virem. Não vou mexer um músculo. E você Bernardo, se quer fazer, se vira também!

Entre planos daqui e de acolá, ouvi vários menções às aulas. Aos exercícios. Às apostilas que eles não leram. Ou pelo menos que eu tenha sabido. Sei que a mãe, sempre a mãe, andou ajudando. Baixou um material do site do projeto. Também acho que não mais que isso.

- E aí? Como foi a prova do Oba?

- Foi legal. Eu saí primeiro. Ele saiu depois. Não. Fui eu quem saiu primeiro. Não. Foi ele. O fulainho saiu antes.

E antes que virasse briga, eu dei o assunto por encerrado e continuei tocando a vida. Tá certo. Devo confessar que fiquei pensando em como eles tinham ido nessa prova. E não vou negar: como o Bernardo teria feito uma prova de astronomia, quando ele não conseguia ler quase nada e não entendia o que lia.

O assunto acabou perdido no embalo da vida louca vida que rola lá em casa.

Final de semestre letivo. Reunião multidisciplinar com a equipe que ajuda o Bernardo. Coordenadora pedagógica, professora, professora auxiliar, fonoaudióloga, psicomotricista e professora particular. Eu e Renata. Um verdadeiro comitê. Um exército lutando junto contra uma coisa que a gente não sabe bem o que é, que deve ser a tal da dislexia, que não deixa o Bernardo ser como as outras crianças na sala da aula, mas que seja o que for, tá perdendo feio dessa turma que não está aqui pra perder nada!

Discutidos todos os assuntos, avaliado o comportamento dele, os resultados cognitivos, pedagógicos, comportamentais, sociais e curriculares, e tendo dito que ele estava indo, a coordenadora diz assim do nada:

- Ah, teve a Olimpíada de Astronomia. A gente queria falar sobre isso!

Cacete. Eu sabia que ele não ia conseguir. Como a gente permitiu isso. Expôs o garoto à toa. Se não podíamos ajudar, se não estávamos afim de ter mais essa responsabilidade, não devíamos ter deixado ele fazer a inscrição. Não. Não dava pra deixar ele faltar todas as aulas com a Marcela. Ia acabar prejudicando o rendimento dele na escola, e tudo isso pra quê? Ele não ia fazer essa prova mesmo. Por isso ele não veio em todas as aulas preparatórias pra olimpíada. Mas a gente resolveu deixar. Até pra ele perceber, quando se visse frente à uma prova que não lhe foi imposta mas que ele queria prestar, a importância de ler e escrever. Quem sabe isso não lhe daria motivação e diminuiria as birras constantes. Pronto. Agora já foi. Aprendemos a lição. E então, o que houve? Olha, antes de vocês falarem eu gostaria de colocar que a gente não mexeu uma palha pra isso, viu? A gente resolveu deixar por conta deles, absolutamente tudo que dissesse respeito. Já chega, né? Vocês hão de convir que já é coisa demais. Não nos responsabilizem por nada. Mas enfim, e a olimpíada?

- O Bernardo ficou em segundo lugar!

O queixo parou no chão. A lágrima foi correndo tentar buscar.

- ??????

- Ainda precisamos da validação dos organizadores, mas o Bernardo ficou em segundo lugar na categoria dele. Sim. Também foi uma surpresa pra gente.

Até eu me surpreendo com o tamanho do significado disso pra mim. A sensação de estar no caminho certo e de tudo ter valido à pena. De ser recompensado por cada minuto da nossa vida que foi empreendido na vontade de fazer acontecer e não se conformar com que o nos foi apresentado. De acreditar, mesmo quando a gente não levava a menor fé. A vitória do time azarão é muito mais gostosa. É como ganhar a Copa do Mundo. De rúgbi!

- A gente precisa celebrar isso. Ele precisa ser valorizado. Vai ser feito algum anúncio?

Eu só pensava na carinha dele, quando ele olha prum lado e pro outro, dá um sorriso meio sem prumo, como se risse pro nada e pra dentro. Só pensava nele indo receber o prêmio que fosse. E a escola inteira aplaudindo. Pensava na nossa cara de bobo. E ali, naquele minuto, eu queria a família toda lá. Todos os amigos. Os nossos, os dele, os dos irmãos. Queria também a Eli, que cuida dele desde sempre. Todos os médicos. Todos os terapeutas. Se assim fosse possível, queria todos os exames, os remédios, queria todos os minutos da vida dele que ele passou fazendo algum exercício, queria todas as horas que ele deixou de brincar com os irmãos, queria as professoras que não enxergaram seus problemas, queria as que enxergaram e queria, principalmente, as que enxergaram e resolveram que aquilo não seria problema nenhum.

- Vamos esperar o resultado oficial e depois programaremos algo.

Parecia que eles não estavam certos do resultado. Ou parecia que a gente achava que em algum momento iam perceber que a nota não era bem aquela.

Férias de meio de ano. Início do segundo semestre. Final do segundo trimestre letivo. Fim de ano chegando. Bernardo fica ou sai da escola? Bernardo tá bem? Ele vai acompanhar o próximo ano? Ele já tá lendo. Ele tá indo muito bem nas outras matérias. Só falta escrever. Que letra, hem?

28 de outubro. Sol escaldante. Acho que Deus resolveu descongelar Brasília no microondas. Potência máxima. Meio dia. Hora de buscar as crianças na escola.

- Pai, o Bernardo ficou em segundo lugar no OBA.

- Quem te disse, filho?

- Pai, a minha professora distribuiu o resultado.

Pronto. E a surpresa? E o anúncio que a escola programara fazer? Nas minhas mãos. Como uma fria tabela estatística. O meu presente de aniversário adiantado. Bernardo Sanchez Pinheiro. Nível 1. Nota 8,5. Segundo lugar.

Mas, e a surpresa? O roteiro, às vezes, é readaptado. E ninguém nem percebe a diferença.

O caminho pra casa foi um sem fio de festejos. Eu tentei explicar pros quatro, a dimensão daquilo pra todos nós. Eram duas frases e uma pausa. O choro da emoção interrompia a fala. E eles entendiam aquela emoção. O Bê tava meio anestesiado. Não acreditava ainda. Ou, o que pode ser bem provável, não entendia o porquê do auê, se ele não via nada de tão absurdo. Ele só respondeu umas perguntinhas. Meu coração apertado de alegria e de ansiedade pra dividir com a Renata aquilo. Quando a gente não está junto nessas horas, parece que as verdades não são inteiras.

Meu filho, veja só como tudo valeu à pena. E como é importante continuar o esforço. Viu como é importante fazer os deveres? Se esforçar pra ler? Viu como é por isso que o papai insiste e dá bronca quando você faz corpo mole? Um discurso infinito e politicamente correto que queria traduzir tão somente: Filhooooo, você é demais!!!!!!!!!

O menino que lê emoções, parece que entende de estrelas também. O menino que lê emoções, mais uma vez, me fez o pai mais feliz e realizado do mundo.

Obrigado, Màrcia Moreira. Você sempre falou que o Bernardo ia se dar muito bem na vida e nunca acreditou que ele estivesse dando tudo que podia.

Obrigado, Mariane. Você fez do SEU ALUNO, um vencedor.

Obrigado, Bartira, Mônica e Marcela. O envolvimento de vocês nessa luta é fundamental pra gente receber notícias como essas. Deus permita que possamos todos continuar ajudando o Bernardo a virar essas páginas e partir pros outros capítulos.
Obrigado, Mãe. Acredite. Você fez a diferença nesse ano que está acabando.
Obrigado, João, Pedro e Cezar. Sem que vocês percebam, nos mínimos gestos e frases que colocam, vocês empurram o Bernardo pra frente.
Obrigado, Bela. Eu não podia escolher uma parceira melhor pra construir essa história. Você é o nosso eixo. Eu te amo.

E obrigado, Bêêêêê!!!! Por você ser desse jeitinho que você é! E por me fazer te amar tanto e tão incondicionalmente! Pé na tábua, filhão! Você vai muito longe!







quarta-feira, 24 de setembro de 2008

10 coisas que eu sempre sonhei fazer....e fiz!



  1. Ver um show do U2.

  2. Caminhar no Central Park em Nova York.

  3. Ir à Disney.

  4. Levar meus filhos na Disney.

  5. Casar com a mulher da minha vida.

  6. Assistir ao Cirque du Soleil.

  7. Ver um desfile de escola de samba no Rio de Janeiro.

  8. Morar no Rio de Janeiro.

  9. Correr na praia em Ipanema.

  10. Passar um reveillon em Copacabana.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

10 motivos pra amar Brasília!



1 - A vista da Ponte JK, descendo dos condomínios da ESAF.

2 - Malhar de manhã cedo, buscar as crianças na escola, almoçar em casa e trabalhar bastante...tudo num só dia!

3 - O respeito pela faixa de pedestres.

4 - A lei que proíbe o cigarro dentro dos restaurantes.

5 - O parque da cidade.

6 - O Pontão.

7 - O lago, visto de qualquer lugar num dia de sol.

8 - Os ipês.
9 - O azul do céu.
10 - O pôr-do-sol no Eixo Monumental no auge da seca.