segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Segundo dia: Epcot Center


Seguindo sugestões do amigo Lu, chegamos mais tarde no Epcot. DEZ HORAS DA MANHÃ. O parque realmente não estava muito lotado. Foi o primeiro parque da Disney. Isso faz toda a diferença. Não que os demais sejam ruins. Mas a excelência no mundo do entretenimento e do serviço tem nome e sobrenome e atende por Walt Disney.


A visão daquela bola imensa formada de milhares de triângulos remete à um futuro imaginário que já bateu na nossa porta. A idéia de uma comunidade experimental autosustentável e ecologicamente correta faz um sentido absurdo nos dias de hoje, quando a palavra de ordem é preservação de recursos naturais. O toque de midas é transformar isso em diversão. A piada do dia é parar tudo para tirar a indispensável foto da bola com o grupo todo à frente. Bola toda, bola ao fundo, pedaço da bola, segura a bola, sustenta a bola e dá-lhe bits e bites transformando-se em pixels.


O grande barato de uma viagem para Disney é viver as mais variadas sensações, transportar-se para todos os cantos do mundo, em todas as épocas da história, sem sair do lugar. Voamos de asa delta sobre a Califórnia. Encontramos dinossauros. Testamos carros à 160 Km/hora. Brincamos de astronauta, e isso merece um parágrafo à parte.


O Lu tinha avisado, eu tinha lido e minha intuição dizia que o tal Mission Space era uma furada. Um simulador de treinamento para um vôo ao espaço. Eu não nasci para o espaço. Meu lugar é aqui na mãe Terra. Mas, diante de pedidos insistentes das crianças, como recusar? Duas filas: laranja e verde. Uma com emoção e outra sem. Óbvio que fomos na segunda alternativa, mesmo sob protestos infantis. Grupos divididos, eu entro num com o Pedro e o Cezar. Renata entra noutro com a Bel e o Eraldo (os outros dois adultos do grupo). No terceiro, apenas crianças. Na hora que a porta se fechou, e eu me vi enclausurado naquele espaço mínimo, junto com duas crianças, bateu a paúra. Respira fundo. Controle. Nada vai acontecer e eu não posso desesperar para não assustar os garotos. Pai tem disso. Só conseguia pensar na Renata e como ela estaria se saindo no outro simulador. Algo me dizia que a coisa não estava bem. Enfim, segurei a onda e conseguir sair ileso. Quando encontrei a Bel, soube que a coisa não esteve bem. Aliás, esteve péssima. Logo que a porta fechou, minha mulher teve um ataque. Gritou, esperneou, bateu nas portas e não houve Cristo, muito menos bom senso que a fizesse recuperar o juízo. A Bel e o Eraldo passaram momentos de pânico tentando trazê-la para o mundo racional, mas nessas horas é exatamente a irracionalidade da situação que nos faz surtar. Parece que depois de intermináveis, para todos, segundos de pavor, apareceu um daqueles funcionários sorridentes que a retirou do brinquedo. Junto com ela, mais uns cinco.


Depois disso, nada de maiores emoções radicais. Tentamos passear pelo pavilhão dos países, mas o frio e o cansaço não nos deixou ir longe. Sentamos para ver os fogos, eu consegui duas taças do legítimos champagne francês para brindar à felicidade de poder proporcionar essa viagem aos meninos.

2 comentários:

Anônimo disse...

ainda bem que vc não entrou junto com a Renata. Imagino que não ia conseguir se segurar!!!

*-* disse...

Como INTEGRANTE desse grupo e testemunha ocular do "siricutico múltiplo" da Rê, quero registrar que o Marcus economizou nos detalhes! É importante deixar registrado tudo que ela gritou a plenos pulmões: "Não dá!", "Me tira daqui!", "Abre essa porta!", "Abre essa porta!".
E eu lá... com todas as minhas técnicas de relaxamento: "Rê, respira fundo! Fecha os olhos e respira!" Nada adiantou...
Ela bateu no painel do simulador, chutou a cabine, esperneou!
Finalmente uma boa alma abriu a porta.
O pior de tudo???? Ficamos sem o comandante da nave! SIMMMMM ela era a comandante!!!
Restou ao piloto (Eraldo) e a navegadora (Izabel) rezar para que conseguissemos voltar a terra sem a valorosa presença da comandante que surtou antes do lançamento.
FOI MUITO BOM, Rê!!!!